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As apurações dos últimos cinco anos acerca do manejo adequado da copaíba serão apresentadas na próxima semana, durante uma oficina de trabalho, que reunirá técnicos da Embrapa, no município de Rio Branco, no Acre. A reunião integra as ações do projeto Kamukaia, também dedicado a gerar conhecimento sobre a ecologia e manipulação da castanha do brasil, cipó titica e andiroba. Pesquisadora da Embrapa Rondônia, Michelliny Bentes Gama, conta que o protocolo de exploração da seiva da árvore nativa está prestes a ser concluído. Uma parceria com o Ministério do Meio Ambiente vai promover a confecção de cartilhas para assegurar a sustentabilidade de obtenção de produtos florestais não madeireiros na Amazônia.
Com o aumento da demanda das indústrias cosmética e farmacêutica, o interesse pelas propriedades terapêuticas da oleífera intensifica as necessidade de normatização dessas boas práticas. Considerada uma potencial alternativa de renda para as comunidades agrícolas, principalmente em áreas de reserva extrativista, o óleo de copaíba apresenta, hoje, uma produtividade três vezes maior, do que em 2004, atingindo aproximadamente 20 toneladas.
— Entre as 28 espécies de copaíba existentes nessa faixa territorial dos biomas Amazônia e Cerrado, 16 são específicas da região amazônica. Em Rondônia, temos a ocorrência de quatro, mas ainda estamos em fase de comprovação do método de identificação botânica. Avaliada em campo com uma excelente qualidade de óleo, o gênero copaífera multijuga, apresenta unidades que produzem de um a três litros por dia. Estamos concentrando as observações nessa variável porque a média ainda é baixa, cerca de 400 ml diários. Outra questão é o tempo de intervalo de coleta para reabertura dos furos na árvore. Quanto aos períodos de seca e chuva, os testes não identificaram diferenças marcantes, porém há maior garantia de produtividade no verão— explica.
Os experimentos de média a longa duração foram realizados em árvores de grande porte, com base na prática dos extrativistas locais para avaliar a sustentabilidade da atividade. Segundo a engenheira florestal, foram inseridas cânulas conectadas a um recipiente sem ferir o tronco. O óleo fica escorrendo por 24 horas e então se faz a aferição com os equipamentos adequados. Em seguida, o material é enviado aos laboratório das unidades Acre e Amazônia Oriental da Embrapa para análise da constituição química.
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